
O custo do atrito nas comunicações financeiras
Por Bruno Lichot, Chief Product Officer da :hiperstream
Qual o prejuízo de ter o e-mail incorreto do cliente no cadastro? Ou quanto uma empresa perde sempre que há um número errado na linha digitável do boleto? As cifras mudam de negócio para negócio, mas Bruno Lichot, Head de Produto da :hiperstream, aponta um caminho para calcular o custo do atrito de dados nas comunicações financeiras.
Em 2014, especialistas projetaram que o volume de dados gerados ao redor do mundo multiplicar-se-ia dez vezes até 2020, alcançando 44 zettabytes. Parecia uma previsão distante, mas 2020 chegou e está na hora de encarar: gestão de dados é vital. E toda empresa tem algum problema relacionado a esse assunto.
Trabalhando no desenvolvimento de soluções para validação de dados financeiros, percebo que os pontos de dor geralmente estão na integração entre diferentes sistemas ou canais. É um problema comum em negócios que usam softwares de vendas ou que oferecem uma variedade de serviços para o cliente, como internet, TV a cabo e streaming, por exemplo, sem contar com uma base de dados unificada. Quando somamos isso ao processo de validação manual ou por amostragem, qualquer erro pode ter um impacto enorme no restante da cadeia de custos.
Por ser tão abrangente, nem sempre é fácil medir o prejuízo. Mas o exercício que proponho aqui é uma reflexão válida para qualquer tomador de decisão - foi trabalhando assim que a :hiperstream já ajudou clientes, como uma processadora de cartões de crédito brasileira, a reduzir 86% das perdas financeiras ao longo de três anos de trabalho.
O custo do atrito na ponta do lápis
Só há uma coisa pior para um negócio que não ter acesso a dados importantes: trabalhar com as informações erradas. Nos Estados Unidos, esse é um problema que custa mais de US$ 3 trilhões por ano.
Para ajudar todo mundo a entender esse cálculo, preparei uma simulação simples e clara, usando como exemplo uma empresa que emite 50 milhões de faturas anualmente. Acesse a Calculadora do Custo de Atrito de Comunicação Financeira para visualizá-lo.
Mesmo com índice de sucesso acima de 99%, ainda haveria 360 mil emissões erradas ao longo do ano. Se 25% dos clientes impactados entrarem em contato com o serviço de atendimento para resolver o problema (uma ligação de aprox. 6 minutos custa 7 reais) em cenário onde metade dos clientes recebe fatura digital e outra metade recebe fatura física, o valor de perda atinge R$ 1.080.000,00
E perceba: fui otimista ao considerar prejuízo médio de R$3 por fatura. Adicione custos operacionais para reemissão dos boletos e a dedicação de outras áreas da empresa (ou terceirizadas), como ouvidoria, jurídico e comunicação. A conta só cresce.
Por que empresas devem investir em tecnologia para validação de dados financeiros?
Se você está se fazendo essa pergunta, já saiu na frente. Falar sobre atrito relacionado a dados financeiros ainda é desconfortável em algumas organizações. Afinal, além da perda de dinheiro, a maneira como as informações estão sendo tratadas também se conecta a segurança e reputação da marca.
Mas perceber as falhas no processo não é suficiente; é preciso resolver. Aqui na :hiperstream, essa solução é o DVA (Data Validation Automation). A ferramenta baseia-se em regras personalizadas para identificar dados divergentes e, ainda, oferecer insights para prevenir e corrigir esses erros.
Olhar para a validação de 100% dos dados soluciona desafios como crescimento do volume transacional, manuseio de dados sensíveis, perda financeira e relacionamento com o cliente final. Agora sou em quem pergunto: por quê sua empresa ainda não investiu em tecnologia para validação de dados financeiros?