Power tech: Liderança feminina em tecnologia

Beatriz Gomes 07/03/2025 às 11:34

A presença feminina em cargos de liderança no setor de tecnologia tem crescido. No entanto, ainda existem desafios significativos. Em 2020, as mulheres representaram entre 28% e 42% da força de trabalho nas empresas GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft), conforme dados auto-relatados do Statista. De forma mais ampla, uma pesquisa da Gartner revela que apenas 31% dos funcionários de TI são mulheres. Isso mostra que, embora a presença feminina esteja crescendo, ainda há um longo caminho a percorrer, especialmente nas posições de liderança.

Na :hi, a trajetória de mulheres em posições estratégicas reforça a importância da diversidade e da equidade de oportunidades.

Adriana Vieira, Diretora de Operações

"Trabalhar na :hi é um desafio diário, mas também uma realização. Minha trajetória no setor de tecnologia foi marcada por desafios e conquistas. Desde a universidade, quando comecei como desenvolvedora, sabia que esse mercado não seria fácil para mulheres.

Vi colegas homens sendo promovidos mais rápido, ganhando mais e tendo mais voz. Mas nunca me deixei intimidar. Fui construindo minha carreira com base em competência e trabalho duro. Hoje, sou Diretora de Operações da :hi e a única mulher na diretoria da empresa — por enquanto.

Tenho orgulho disso, porque abrir caminhos faz parte da mudança. Meu maior desejo é que gênero nunca mais seja um critério para medir capacidade. Mulheres podem ser o que quiserem. O futuro da tecnologia também é nosso!"

Ingrid Brandão, Gerente de Produtos

"Admiro muito a :hi pela oportunidade diária de evolução. É gratificante fazer parte de uma empresa que cresce de forma sustentável e valoriza seus colaboradores. O maior desafio na minha transição para Group Product Manager foi mudar do operacional para o estratégico.

Ou seja, gerar resultados por meio de outras pessoas. Esse desafio envolveu a criação da área de Produto, a definição da visão de longo prazo e a estratégia de execução. Além disso, foi necessário contratar e desenvolver pessoas, definir processos e acompanhá-los.

O maior aprendizado nessa posição foi entender que 'reclamar não é uma opção'. Essa frase, da Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, é um grande lembrete para mim. Hoje, percebo o quanto poderia ter ajudado mais minhas lideranças anteriores. Atuar como agente de mudança torna o dia a dia mais leve.

A rotina de uma gestora envolve muitas variáveis. Por isso, é essencial ter humildade e saber dividir para conquistar."

Liliana Almeida, Coordenadora de Suporte ao Cliente

"Resiliência e crescimento sempre fizeram parte da minha trajetória na :hi. Estou na empresa há cinco anos e meio. Durante esse tempo, passei por desafios que me tornaram uma profissional mais forte. Comecei como Analista de Monitoramento, mas logo percebi que queria crescer ainda mais no universo de TI.

Fui atrás das oportunidades, mas recebi alguns 'nãos' ao longo do caminho. Primeiro, procurei o CEO da empresa por e-mail e recebi um 'não'. Tentei novamente buscando a gerência da área em que queria atuar. Mais uma vez, não consegui avançar.

A terceira tentativa foi ainda mais difícil. Ouvir 'você não tem capacidade para a função' me marcou profundamente. Ao invés de desistir, usei esses desafios como aprendizado. Com a reestruturação da empresa, procurei novamente a liderança e, finalmente, tive minha chance.

Fui chamada para criar e liderar a área de Suporte Técnico ao Cliente. Desde então, venho aprendendo sobre liderança, desenvolvimento de pessoas e estratégia. Para nós, mulheres, a caminhada exige ainda mais persistência e confiança. O progresso é construído com resiliência, aprendizado e coragem."

Deborah Lira, Desenvolvedora de Sistemas Sênior

"Quando eu escolhi minha carreira, já sabia que poderia enfrentar alguns desafios apenas por ser mulher. No início da faculdade, ouvi alguns comentários duvidando da minha escolha de cursar TI. Isso me trouxe uma certa insegurança sobre o mercado de trabalho.

O machismo aliado à minha síndrome do impostor aumentou essa dúvida. Mas, felizmente, tive a oportunidade de trabalhar em empresas que realmente enxergavam o meu potencial profissional. Uma dessas empresas foi a :hi.

Desde o primeiro dia, fui muito bem recebida, sem nenhum tipo de discriminação. Fui acolhida por pessoas que realmente confiavam no meu trabalho. Sendo assim, a minha maior batalha foi comigo mesma. Muitas vezes, minha própria mente me colocava em dúvida.

Questionava minha capacidade. O que fez toda a diferença foi ter um líder que soube me orientar e mostrar até onde eu poderia chegar. Com o tempo, fui vencendo essa insegurança e entendendo que o meu lugar era ali.

Para as novas desenvolvedoras, meu recado é: acreditem em vocês! Não deixem que o medo ou a insegurança sejam maiores que a sua confiança. O mercado de tecnologia precisa da sua visão, da sua criatividade e da sua força. Tenho certeza de que você tem muito a contribuir e vai longe!"

Desafios e Oportunidades

Mulheres na tecnologia ainda enfrentam barreiras como preconceito, falta de representação e desigualdade salarial. Por outro lado, a inclusão feminina tem mostrado impactos positivos. Empresas com maior diversidade de gênero em cargos de liderança têm 21% mais chances de superar concorrentes em lucratividade, conforme pesquisa da McKinsey.

Estudos também mostram a relevância de fomentar a participação feminina nas empresas de tecnologia. No Brasil, as mulheres representam apenas 0,07% dos profissionais de tecnologia, segundo uma pesquisa da Serasa Experian. A persistência e o incentivo são fundamentais para enfrentar os desafios. A inclusão feminina não só aumenta a inovação como também contribui para o desempenho financeiro das empresas.

A trajetória das mulheres na :hi mostra como a liderança feminina pode transformar a cultura organizacional e impulsionar o crescimento. Com incentivo, igualdade e oportunidades, o setor de tecnologia pode se tornar mais inclusivo.

As histórias de Adriana, Ingrid, Liliana e Deborah demonstram que persistência, competência e liderança fazem a diferença. O caminho para a equidade de gênero na tecnologia ainda apresenta desafios. No entanto, com mulheres inspiradoras e empresas comprometidas, avançamos rumo a um futuro mais diverso e inovador.